segunda-feira, 26 de abril de 2010

Fome cresce nos EUA e na Europa



A crise da economia capitalista e o aumento da desigualdade nas últimas décadas elevaram para quase 50 milhões o número de norte-americanos que não têm o que comer ou se alimentam mal. É o que afirma relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.


De acordo com o órgão, 49 milhões de pessoas ficam sem comer ao menos um ou dois dias por semana. Em apenas um ano, entre 2007 e 208, o número de famílias norte-americanas ameaçadas pela desnutrição subiu de 11,1% para 14,6%, um aumento de 31,5%. Os estados que mais sofrem são o Mississippi (17,4%), o Texas (16,3%) e o Arkansas (15,9%).

Essa é a maior taxa de insegurança alimentar registrada no país desde 1995 e se aproxima bastante dos índices registrados no país na década de 1920. Parte do crescimento desses números se deve ao aumento do desemprego, e outra parte, à grande inflação no preço dos alimentos, diz o Departamento de Agricultura. Segundo o órgão, uma família é considerada em situação de insegurança alimentar quando não tem recursos suficientes para comprar comida de modo a satisfazer as necessidades de todos os seus membros.

A fome é maior nas famílias onde há crianças (22,5%), uma vez que muitas vezes os pais deixam de comer para alimentar seus filhos. Entre 2007 e 2008, o número de crianças norte-americanas famintas saltou de 13 para 17 milhões. Em seguida, vêm as famílias chefiadas por mulheres solteiras (37,2%), as famílias negras (25,5%) e as latino-americanas (26,9%).

“O governo premia os corruptos de Wall Street com lucros astronômicos enquanto grande parte de nosso povo não tem o que comer”, denuncia Jim Wrengler, da ONG Coalizão contra a Fome. “Os números demonstram que a procura por refeitórios populares aumentou em 20% em um ano, e 55% dos programas de emergência não têm comida suficiente para os necessitados”. Dos 49 milhões de norte-americanos com fome, 17,3 milhões estão na categoria de “segurança alimentar muito baixa”. Em 2007 esse grupo representava 11,9 milhões de pessoas e, em 2008, passou a compreender 8,5 milhões. “Hoje não são somente os sem-teto, mas famílias inteiras em situação de risco”, completa Wrengler.

Crise habitacional também se agrava

Em Nova York, a cidade mais rica dos EUA e centro do capitalismo mundial, mais de 40 mil pessoas não possuem um lugar seguro para dormir. Mais de 130 mil, na maioria negros ou de origem latino-americana, enfrentam problemas de moradia na cidade, segundo dados oficiais.

O déficit habitacional norte-americano vem aumentando nos grandes centros urbanos do país, principalmente devido ao desemprego e à crise econômica. De acordo com a Conferência de Prefeitos dos Estados Unidos, a quantidade de pessoas sem teto aumentou em 19 das 25 maiores cidades estadunidenses entre outubro de 2007 e outubro de 2008. A maioria dessas pessoas foram despejadas por falta de pagamento da hipoteca ou do arrendamento do imóvel. “Em toda parte há gente que perde sua capacidade de viver com felicidade e segurança”, disse Brenda Stokely, da Rede de Sobreviventes dos Furacões Katrina e Rita. “As autoridades federais e locais do país mais rico do mundo carecem da responsabilidade moral necessária para cuidar de seus cidadãos”, denuncia.
Também, na outrora opulenta e rica Europa, o capitalismo com sua mais recente crise criou mais 80 milhões de pobres, aproximadamente 26% da população total da União Européia, revelou relatório da Oficina de Estatísticas Eurostat.
E para espanto geral, enquanto crescem a fome e a desigualdade social no centro do imperialismo, os países imperialistas aumentam seus gastos com armamentos, revelando a natureza injusta e cruel de um sistema econômico moribundo.
Heron Barroso, membro da coordenação nacional do MLB
Fonte: Jornal A Verdade


Filipe Rodrigues

Um comentário:

  1. o felipe, não lembro seu e-mail, nem mesmo o e-mail que o blog ta registrado... adiciona no perfil.
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