“ A Grande Festa da Democracia Brasileira.”

No dia 06/04 a ex Ministra da Casa Civil, Dilma, veio a São João del Rei a convite da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), para proferir uma palestra; assim como foi noticiado no site da universidade.
A pergunta que ficou no ar foi; que palestra? Ficou claro que Dilma fez em sua fala propaganda eleitoral. Dizendo a todo momento o que o governo lula havia realizado e como ela pretendia dar continuidade a isso. Importante dizer que propaganda eleitoral fora de época é crime. As propagandas serão permitidas a partir de 06 de julho deste ano, e tal fato tem se repetido por todo o país, não apenas pela ex Ministra.
As eleições têm sido colocadas em propagandas do governo como “ a grande festa da democracia brasileira”. cabe refletirmos: Festa para quem? Para quem ignora leis fazendo campanha fora de época, ou para quem tem dinheiro e a mídia ao seu lado, para facilitar sua eleição? Ao final da festa, somos nós os eleitores os que menos podem comemorar, já que o fato é que se elege aquele com a campanha mais rica e não o que tem melhores idéias. Se elege aquele que consegue convencer o povo, de que suas idéias são as necessidades do país.
Temos, necessidades básicas ainda não supridas, como a fome. E como ter interesse por política sem nada na barriga? Por isso não é difícil comprar votos, estes são comprados por promessas absurdas.
Será que essas eleições resolvem nossos problemas? Quem dessa forma consegue ocupar um cargo , na maioria das vezes não tem interesse de mudar a forma como chegou ao poder.
O povo precisa se organizar, observar as contradições do sistema e entender que o poder está conosco, nós que somos a maioria enganada e oprimida. Essa organização não acontecerá facilmente ou de forma espontânea. Virá também de práticas já existentes e que precisam ser expandidas, como a educação popular por exemplo. Educar problematizando a realidade. Virá da organização dos movimentos sociais, de um Projeto Popular de Sociedade.
“ Todo poder ao povo”, a atual democracia não nos permite isso, não defende tal interesse.



Mahara Jneesh