quarta-feira, 18 de agosto de 2010

VOCÊ, “EDUCAÇÃO”, UNIVERSIDADE: MERCADO DE TRABALHO


O mercado da educação e a educação de mercado.

Filipe Rodrigues


Mas o que você aprende...?

Com a dispersante e enganadora lógica de preparação para o mercado de trabalho – imposta como única alternativa - oferecem grades (curriculares) para nossos pensamentos...

Se a direção é o mercado, quem nos dirige é o sistema, e nossa função é ser mais um objeto comercializado que com sorte ganhará dez por cento do que dará ao seu patrão.

Veja bem, seu patrão (capitalista) não “trabalha”, apenas coordena seu trabalho e se apropria do resultado.

Você é orientado(a) para ser mercadoria; seu preço? O salário.


Condicionando seus pensamentos:

A nossa educação é limitada a técnica de atuação pro mercado de trabalho, ainda dizem que não existe classe trabalhadora. Pelo visto também receberam educação de mercado, limitada por quem interessa nossa limitação.

Os diplomas e certificados são nosso rótulo, nossa etiqueta. O patrão decide se compra e os prazos de validade, excluem outros como nós por não estarem suficientemente produtivos. Afinal que poder teriam sobre nós se não tivessem mercadorias em estoque?

Rebaixam nosso salário, condições de trabalho, desgastam nossa saúde, lazer, família e alegria. Apropriam-se de nossa vida... com que direito?! O estoque serve para que tenhamos medo de reclamar dignidade, nos impõe o risco de não suprirmos as nossas necessidades mais básicas!

Fique de olho, busque alternativas de estudo, você, eu: trabalhadores estão sendo comercializados!

Se seu dez está só na grade, é seu atestado de limitação.

Não se deixe despolitizado, negue a politicagem e não a política. Estudemos com conteúdo, nós podemos mudar isso. Política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana, politicagem são os desvios morais que nos engana e gera descrédito até negar a política, favorecendo eles que continuam no comando, enchendo o bolso, com pouco progresso e muitas ordens.



“ Ah, se todo o mundo pudesse saber como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão
Entendeu?” Djavan – A Carta


Nota: O presente texto expressa a opinião pessoal do autor, opinião não vinculada ao Centro Acadêmico.

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