domingo, 7 de março de 2010

Democracia: Governo em que o povo NÃO exerce Soberania


Tancredo afirmou: "Mineiros, o primeiro compromisso de Minas é com a liberdade."

Aqui há um ponto para refletirmos.
Qual liberdade temos?
E notória a "liberdade condicionada" a qual estamos submetidos. Somos livres para reproduzir e proclamar idéias; mas, que idéias? Também somos livres para produzir conhecimento conhecimento, novamente pergunto: Que conhecimento?
E ainda; qual é o papel da universidade neste momento? Por que os apóiam? (reflita)
As respostas estão todas em um aspecto: Vivemos em uma meia liberdade ou liberdade condiconada. Mas isso não é ditadura? Onde está nossa conquista pós-militarismo de nos afirmar enquanto povo para que o governo seja do povo; isso é o que chamamos de democracia?

Contudo; o que podemos perceber, uma vez mais, são liberdade e democracia aplicadas de formas opostas a seu sentido. São exemplos estampados que temos:

Nossa cidade está no fervor da aclamação do que seria cem anos de Tancredo Neves (considerado pai da "democracia"). Lamento dizer que seu filho não vingou caro Tancredo.
O que vemos hoje no Brasil? Vivemos em um poder em que governantes corruptos se negam a sair do comando do nosso país. Infringindo a democracia de forma clara. Sim; refiro-me abertamente a Sarney. Este homem (se é que se pode dizer isso) que veio ao lado de Aécio Neves, Eduardo Azeredo e outros "tucanos" e que estranhamente o prefeito da nossa cidade não estava presente. Mesmo após terem sido apresentados vários crimes deste sujeito contra a nação. O povo não tem nação; tem país e governo para lhe cobrar impostos e impor a ordem. A nação é de quem governa para quem governa. As leis? As leis são feitas por eles, para nós. Estes lobos em pele de cordeiro estão acima das leis e acima também do que se chama Poder do Povo (democracia).

Infelizmente; alguns estudantes viveram um episódio vergonhoso e lastimável: A Repressão!
Com centenas de militares nas ruas (inclusive disfarçados de civis); fazia-se a "ordem" a maneira deles. Os estudantes estavam em uma casa logo em frente ao "evento" (vulgo circo) no cemitério onde se encontram os restos mortais de Tancredo. Foi pedido para que colocasse nas casas bandeiras e cartazes (estes que estão espalhados pela cidade) com imagens do Tancredo. Os estudantes não quiseram. Foi oferecido ainda algum diálogo pedindo para que esquecessem possíveis diferenças políticas e que colaborassem com o evento. Não havendo aceitação quiseram "comprar" a opinião dos estudantes, dizendo que pagariam para deixar seus objetos de divulgação ali. Contudo; os estudantes disseram que o espaço não estava a venda. Interessante!
Então se compra tudo?

Como se não bastasse, no meio da solenidade. Enquanto Sarney e Aécio discursavam sobre Liberdade e Democracia, estes estudantes foram ver da janela, onde havia visão clara também para quem estava embaixo.
Em uma tentativa de se expressar, um estudante colocou a bandeira do maior e mais criminalizado Movimento Social do Brasil (mais de 2 milhões de membros) e que Aécio, PMDB, e outras elites repugnam.
No sentido de dizer: "Aécio, governe para todos! Minas não é só o que voce está vendo!" Colocou a bandeira do MST em sua janela e logo um policial disfarçado mandou tirar. Assustado com a falsa liberdade e confiando em seus "direitos" o estudante se negou. O homem então disse: "Eu sou policial militar e estou dando uma ordem. Não vai tirar? Então espere pra ver."
Em menos de cinco minutos haviam cinco policiais na porta da casa; então outros moradores com medo e preocupados pediram para tirar. Com extrema indignação e vergonha de nossa "democracia" foi retirada a bandeira que não poderia estar ali. Também não pode estar em lugar nenhum (leia artigos sobre presos políticos do MST).

Chamo a todos e a todas então; para que avancem em seus estudos. Que desenvolvam suas análises a partir do senso crítico. Que contestem toda e qualquer forma de impor idéias. Não vamos nos curvar diante desta vergonha. Façamos a nossa parte, queremos um lugar digno que se chamará Brasil (quando o povo de fato for considerado cidadão brasileiro e vivermos em um regime democrático).
Queremos uma nação onde haja menos ordens e mais progressos!


Filipe Rodrigues

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